tinta na pele


Gosto de “tattoos”. Penso que se não precisasse do dinheiro (poor me) me ia fazendo tatuar mais. Tenho duas tatuagens, mas que valem por mais umas quantas... Iniciei no BA, em 2006 no Bad Bones. Aumentei e modifiquei ligeiramente a mesma num estúdio na Amadora, em 2008. Voltei a aumentar a mesma em Almada na InkCorps e uns anitos mais tarde em 2015, numa convenção em Lisboa vi uma rosa com uma caveira, não pensei duas vezes e o Nelsinho (atualmente a tatuar no Pedrada Tattoo Palace) tatuou uma pequena maravilha no braço.

Uma das perguntas frequentes é “E isso quer dizer o quê?”, como se fosse obrigatório querer dizer alguma coisa, afirmar-me através de desenhos impregnados na pele. Nada disso, fiz porque gosto. Ponto final. Antes de ter aumentado a minha tatuagem nas costas, o que se via era um traçado com uns volteios a disfarçar uma cicatriz na omoplata (a cicatriz foi a desculpa e não o motivo). Num cenário mais ou menos romântico, numa tentativa de agrado ouvi o comentário “Isso diz muito sobre ti...” apeteceu-me reagir com um “WTF?” mas contive-me e sorri amareladamente. De cada vez que recordo aquela cena meio estranha penso no que quereria o tipo dizer com aquilo... seria “És um arabesco”?!? ou "Não te entendo..." ?!? 

Quando me perguntam “Isso doeu...?” invariavelmente a resposta é “Se não doer é um calquito” e depois vou-me forçando a voltar à realidade de que já passei os 50 e um calquito remonta... aos anos ’80! Vá... toca a pesquisar e ver o que é! E de repente a idade bate, mas bate devagarinho, porque só vou ter medo de dizer a idade “lá para os 70” e mesmo aí, acho que vou andar à procura de um novo desenho para uma nova tattoo.
 

P.S. : Este ano é ano para mais uma, estou a ressacar tinta. Depois do Verão e já tenho quem a faça não é Mafalda? ;)


Carlos, da InkCorps



Nelsinho Maciel, atualmente a tatuar no Pedrada Tattoo Palace



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