11 de setembro - 'ground zero' a partir de sete rios

foto: www.mhsmirador.com
11 de setembro de 1979.
Amadora foi elevada a cidade e todos os anos há festa. É feriado municipal, há feira do livro, concertos que já começaram no fim de semana que findou. Desde 2001 que não consigo olhar para este dia como "o-dia-em-que-vou-trabalhar-porque-apesar-de-ser-feriado-na-Amadora-trabalho-em-Lisboa".

Não porque já não trabalhe em Lisboa nem more na Amadora, mas porque 11 de setembro será sempre aquele dia em que eu estava a olhar para a TV e vi o avião bater e as Torres caírem.

11 de setembro de 2001.
Lisboa, sala de mercados accionistas do BCP.
Três pessoas numa sala de 40 - hora de almoço.
Monitores ligados com gráficos: Reuters, Bloomberg, Mercados nacionais e internacionais.
TV ligada.
De repente olho para um gráfico, no mesmo campo de visão da TV e ao mesmo tempo que aparece um alerta de atentado nos EUA a uma Torre o gráfico mexe um pouco. Vai para o ar a primeira imagem de uma Torre a ser atingida por alguma coisa todos os gráficos caem a pique.
Entre fazer chamadas para clientes e atender os telefones que começaram a tocar incessantemente, o que me fica na imagem é o "aparato" dos choques nas torres ainda sem saber exatamente o que se estava a passar.

Hoje é o dia em que vou trabalhar porque, apesar de ser feriado na Amadora e terem morrido 3000 pessoas em NY, trabalho em Abrantes.


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