Finitude
Conheci gente mais ou menos, conheci pessoas com “P” grande e conheci grandes pulhas. Todos os dias nos cruzamos com gente ‘assim assim’, com gente fabulosa e com gente que mais valia não ter nunca conhecido. Tenho a ‘sorte’ de me achar convencida ao ponto de supor que tenho um filtro e tenho mantido apenas os que vale a pena, ou como já li algures, com muita piada, “Não valem a pena, valem a galinha toda”. Tenho tido ultimamente algumas desagradáveis surpresas porque algumas das pessoas que valem a galinha toda foram desaparecendo, literalmente ou sofrem profundamente. O Helder desapareceu há escassos meses - conhecia-o há 40 anos, amigos de escola. Há três semanas o Carlos foi hospitalizado e luta entre a vida e a morte em coma depois de vários AVCs - conheço-o há uns 30 anos. E esta terça feira disseram-me que foi a vez do Luis, com malária - conheci-o em 1991 e tive a sorte de trabalhar com ele, devo-lhe muito do que sei de banca e muito do que cresci enquanto pessoa. Quando é que devemos agradecer às pessoas pelo muito que nos deram? Sempre que possível, porque 'um dia' é tarde.
Escrever os nomes e dizer só “um amigo” é impessoal, parece que não aconteceu, daí ter optado por os mencionar. E isso ainda dói mais, e deve doer!
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