"VAL, casa de comeres" um ano depois

 

Em dia de aniversário, cumpre um agradecimento a todos os clientes que nos visitaram ao longo deste último ano e ainda a todos os que virão.

Especiais agradecimentos ao meu irmão Luis Val, o fotógrafo autor da primeira exposição patente no VAL sob o lema "Fechaduras" e da atual exposição patente sob o tema da nossa cidade berço, Lisboa. Podem visitar as suas páginas temáticas em Santos Val, ou Human's ou ainda em Lost Memories. Alargo, obviamente, o agradecimento ao nosso pai Alcides Val que nos transmitiu o gosto pela cozinha, não esquecendo a nossa mãe Judite com uma eterna saudade e a minha filha Sofia que, embora mais longe fisicamente, está presente em todos os meus dias. Merece também destaque o meu companheiro José Bandos que tem sido incansável diariamente. O Pedro Nabais ajudou a reformar o espaço e pelo facto estou grata. Agradeço também à Söraya Afonso que me acompanhou uma grande parte do último ano, ao Município de Abrantes pela atribuição do subsídio anual, de lei, de 50% da renda e pela atribuição de denominação de agente da Rota da EN2 e ainda ao Paulo Alves e ao Massimo Esposito pela disponibilização de obras para exposição no espaço.
 
Se é verdade que sem clientes não há restaurante, então não existindo fornecedores de bons produtos, os clientes não vêm e a paixão pela cozinha desvanece-se... Como diria o chefe convidado do VAL, João Almeida: "O segredo é trabalhar com os melhores produtos. Depois, é só não os estragar". Desde o início assumi como compromisso rodear-me de bons produtores e fornecedores locais e regionais. Tenho conseguido até agora cumprir a missão:

A BOROA deixa-nos degustar o maravilhoso pão a sério em formato de bolo do caco que acompanha os burguers veganos da casa (e não só). A BIOCÉLIO fornece os cogumelos Pleurotus carnudos a que já nos habituámos. O Joaquim Serras produz em Alcaravela, Sardoal, os maravilhosos cogumelos Shitake que são utilizados no restaurante, seja no bolo do caco seja em massadas com vegetais que habitualmente são fornecidos pela quinta do Nuno Alves, aqui em Abrantes. As Delícias da Quintinha têm sempre produtos frescos dos quais também nos tornámos fãs e não há prato de tofu ou de seitan que saia da cozinha que não tenha a marca da DAFLORI, aqui ao lado de Ferreira do Zêzere. Os enchidos são maioritariamente da VEGin, um pouco mais longe e de qualidade sem igual. Cozinhar é, desde sempre, com azeite e o VAL Escudeiro tem sido o parceiro ideal. Numa sobremesa recente - 'tarte imperial de chocolate negro' - o licor Quinto Império é o rei e a receita pode ser agradecida ao Oscar Nazareth, o alquimista do licor.

O ano que agora se comemora foi cortado por dois meses de paragem por força da pandemia cumpria alargar a atividade. Desde o recomeço, a 19 de maio ,que o "VAL, casa de comeres" passou ser também de "Comeres e Saberes". Aqui podem também encontrar livros novos autores do Médio Tejo - tenho a agradecer à Médio Tejo Edições pela confiança na intermediação da venda destes livros e mais recentemente da revista PONTO. A minha coleção particular vasta de livros também tem rodado e está parcialmente disponível para venda por preços acessíveis. Os produtos com que confecciono na cozinha também estão, esses desde o início da abertura de portas, disponíveis numa pequena mercearia vegan. Comprovando a qualidade, o stock é renovado frequentemente.

A denominação "Artes e Velharias" juntou-se aos "Comeres e Saberes" e as obras de arte passaram a estar disponíveis para venda. As velharias, habitualmente apenas expostas para decoração, começaram a ser requisitadas estando agora a sua maior parte à venda, exceção feita a algumas peças de família. O artesanato é o seguinte na lista - faz parte da minha vida há três décadas e não é justo que só eu usufrua ;)

A gratidão faz parte do dia a dia no VAL e as portas continuam abertas e em constante renovação - é a prova de que não podemos baixar os braços. Se não formos nós... então quem o fará por nós?

Obrigada a todos vocês que continuam aí desse lado... firmes!
Paula Val
 
 

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